No dia seguinte, Monique acordara em cima de uma pia suja. Ela não podia gritar, pois estava com os lábios costurados. Ao seu lado estavam todos os seus órgãos internos dentro de uma bacia. Sua barriga também estava costurada.
De repente, começaram a surgir vermes em sua barriga. Ela entrou em pânico e tentou gritar, mas não conseguia. Ela começou a forçar a boca para tentar abrí-la, fazendo as linhas de costura cortarem seus lábios brutalmente. Monique começou a chorar desesperada.
Levantando-se da pia, ela saiu correndo por um escuro corredor. No final dele havia uma porta, indicando uma saída. Ela queria escapar o mais rápido possível, pois não sabia onde estava.
Quando estava prestes a abrir a porta eis que surgiu um homem com uma espécie de avental grosso, encardido e sujo de sangue. Nos bolsos do avental havia materias cirúrgicos, bisturis, tesouras e afins. Usava um par de coturnos pretos, e tinha no rosto uma expressão incrivelmente assustadora. Era um misto de calma e perversidade de deixar qualquer um descontrolado.
Monique acordou assustada, olhando á direita e á esquerda. Passou a mão em seus ouvidos e em sua boca: Estava tudo normal. Em seguida, levantou sua camiseta e verificou sua barriga: Estava normal como sempre. Os alunos ao seu redor estranhavam seu corpotamento e, então, ela se deu conta de que estava na escola. Tudo aquilo fora apenas um terrível pesadelo.
- Algum problema, Monique? - questionou desconfiado o professor Carlos, estranhando o comportamento da aluna, e notando a agitação dos alunos.
- Não... Não - respondeu aliviada e ainda se recuperando do susto - Eu apenas caí no sono. Me desculpe, professor.
Um silêncio e segundos depois a classe inteira começou a rir com aqueles acontecimentos.
A aula continuou normalmente e Monique estava copiando a matéria no quadro. Já havia esquecido daquele pesadelo. Enquanto estudava, uma bolinha de papel voou do fundo da sala em direção a sua cabeça. Ela olhou para trás, todos estavam fazendo suas liçoes.
Desfazendo a bola, ela encontrou uma frase no papel e começou a lê-lo:
" Me encontre hoje no portão do pátio".
Continua
Imagem: situado.net