segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Oi, ta afim de tc? Parte III

No intervalo escolar, Monique estava conversando com suas amigas: Ana, Luíza e Isabella. Estava contando sobre o garoto que conhecera na internet.

-... Então, eu passei o meu endereço a ele - disse ela.

- Eu não acredito. Você ficou louca? - disse Ana, furiosa com o que sua amiga havia dito - Está dando o seu endereço a um estranho? Não viu as reportagens sobre um serial killer que anda sequestrando as pessoas pela internet e depois retira seus órgãos para vendê-los?

- Oi garotas, sobre o que estão conversando? - perguntou Júnior, intrometendo-se na conversa das garotas. Elas olham para ele com uma face de desprezo e, enojadas, afastam-se dele que, baixando sua cabeça, encontra um papel amassado, o lê e se enfurece.

Na aula de informática, Monique estava teclando com o The Bad Boy em um chat.

Monique: Eu estou muito a fim de ver vc.!

The Bad Boy: Não se preocupe, hoje eu estarei ao seu lado...

Monique: Que horas você virá?

The Bad Boy: Ah, isso será uma surpresa. Aliás, os seus pais estão aí?

Monique: Não. Eles estão viajando.

The Bad Boy: Só um minutinho, algo requer minha atenção...

Monique: Tudo bem, eu espero.

The Bad Boy sai da sala eletrônica.



Um rapaz estava pendurado com  um gancho em suas costas. O misterioso The Bad Boy ainda não havia retirado os seus órgãos. A vítima estava gritando demais, pois a dor era insuportável.

- Cale-se, idiota! - exclamou - Se continuar a gritar desse jeito eu vou arrancar os seus rins sem anestesia!

- Por favor, cara, me deixa ir embora! - implorou Fernando, a vítima que estava pendurada a um gancho - Eu não fiz nada á você!

Um celular começa a tocar: Era a mãe dele.

- Olha quem está ligando. Sabe quem é, Fernando? Sabe? É a sua mãe. E ela quer falar com você!

- MÃE! NÃO! SOCORRO, MÃE! - gritava Fernando com todas as forças. Ele tentava se soltar do gancho, mas a dor o impedia.

- FERNANDO? FERNANDO? É VOCÊ? - sua mãe gritava ao celular. Ela estava desesperada.

- Quer ver o seu filho? Não se preocupe, senhora. Você verá os rins dele amanhã na internet - o garoto desliga o celular e o joga no chão, quebrando-o.

Voltando a sala de bate-papo na internet, ele escreve a Monique:

The Bad Boy: Agora vou precisar sair de vez. Fique em casa. Eu estarei lá, hoje...

Ele saiu da sala por definitivo e olhando á porta de sua casa percebeu um homem vestindo uma capa preta, segurando uma faca, arrastando uma mulher. Ele sorriu e o cumprimentou dizendo:

- Oi pai!

CONTINUA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sem Título

Eu disse adeus. Nem mesmo eu acreditei, mas disse adeus. E vi cair no chão todos os sonhos meus.
E disse adeus as ilusões também. Eu disse adeus e vi o mundo inteiro desabar em mim. Queria ser feliz e acabei assim... Me condenando a ter recordações, recordações...

Vai ser tão triste olhar sozinho tudo, tudo o que era de nós dois. Mas foi melhor dizer adeus naquela hora pra não chorar depois.

Eu disse adeus. Nem mesmo eu acreditei, mas disse adeus. Pisei as ilusões e até os sonhos meus. Me veio o choro e mesmo assim eu disse adeus. Eu disse adeus.

Vai ser tão triste olhar sozinho tudo, tudo o que era de nós dois. Mas foi melhor dizer adeus naquela hora pra não chorar depois.
Eu disse adeus.


Imagem: corpodepoema.blogspot.com

domingo, 23 de outubro de 2011

Oi, ta a fim de tc?!? Parte II

No dia seguinte, Monique acordara em cima de uma pia suja. Ela não podia gritar, pois estava com os lábios costurados. Ao seu lado estavam todos os seus órgãos internos dentro de uma bacia. Sua barriga também estava costurada.


De repente, começaram a surgir vermes em sua barriga. Ela entrou em pânico e tentou gritar, mas não conseguia. Ela começou a forçar a boca para tentar abrí-la, fazendo as linhas de costura cortarem seus lábios brutalmente. Monique começou a chorar desesperada.


Levantando-se da pia, ela saiu correndo por um escuro corredor. No final dele havia uma porta, indicando uma saída. Ela queria escapar o mais rápido possível, pois não sabia onde estava.


Quando estava prestes a abrir a porta eis que surgiu um homem com uma espécie de avental grosso, encardido e sujo de sangue. Nos bolsos do avental havia materias cirúrgicos, bisturis, tesouras e afins. Usava um par de coturnos pretos, e tinha no rosto uma expressão incrivelmente assustadora. Era um misto de calma e perversidade de deixar qualquer um descontrolado.


Monique acordou assustada, olhando á direita e á esquerda. Passou a mão em seus ouvidos e em sua boca: Estava tudo normal. Em seguida, levantou sua camiseta e verificou sua barriga: Estava normal como sempre. Os alunos ao seu redor estranhavam seu corpotamento e, então, ela se deu conta de que estava na escola. Tudo aquilo fora apenas um terrível pesadelo.


 - Algum problema, Monique? - questionou desconfiado o professor Carlos, estranhando o comportamento da aluna, e notando a agitação dos alunos.


- Não... Não - respondeu aliviada e ainda se recuperando do susto - Eu apenas caí no sono. Me desculpe, professor.


Um silêncio e segundos depois a classe inteira começou a rir com aqueles acontecimentos.
A aula continuou normalmente e Monique estava copiando a matéria no quadro. Já havia esquecido daquele pesadelo. Enquanto estudava, uma bolinha de papel voou do fundo da sala em direção a sua cabeça. Ela olhou para trás, todos estavam fazendo suas liçoes.
Desfazendo a bola, ela encontrou uma frase no papel e começou a lê-lo:


" Me encontre hoje no portão do pátio".


Continua
Imagem: situado.net

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Oi, ta a fim de tc?!?


Eram 20:00hs.

               Monique, 16 anos, cabelos castanhos claros até a cintura, caucasiana, estatura mediana. Tinha nos olhos castanho-esverdeados um brilho sem igual. No rosto algumas espinhas, típico de sua idade.
               Na TV da sala de sua casa assistia ao telejornal, onde passava uma notícia estarrecedora:
'Encontrado na floresta próxima aos arredores de sua casa mais um corpo de uma jovem, sem os órgãos vitais. Ao lado do corpo, uma rosa vermelha, presente em todos os seis corpos encontrados até o momento. Possivelmente, mais uma vítima do maníaco da Internet.'
               Impressionada com a reportagem, Monique decide desligar a TV e liga o computador, onde acessa suas redes sociais, abre o messenger, e loga em uma sala de bate-papo, coisas que já faz rotineiramente.
               Ao entrar em sua sala de bate-papo favorita, algo lhe chama a atenção. Um garoto moreno, cabelos lisos cortados estilo soldado, camiseta branca sobreposta de uma camisa xadrez vermelha. Olhos azuis e lábios tão avermelhados assim como uma romã, apelidado "The Bad Boy". Para sua surpresa, recebe uma mensagem instantânea justamente de quem ela gostaria que fosse:

The Bad Boy: Oi, ta a fim de tc?!?

               Monique, sem pensar duas vezes, obedece ao comando de seus desejos hormonais e mais que depressa responde:

Monique: Claro, mas me diz, porque o nick de The Bad Boy, por acaso você é malvadinho?!? (66
The Bad Boy: Rs, eu costumo ser 'malvadinho' as vezes, no bom sentido, claro.
Monique: humm... Hehe ;D
The Bad Boy: Porque não nos encontramos e eu te mostro como eu trato as garotas bonitas como você?!?

               Sem acreditar no que seus olhos estão vendo, Monique responde:

Monique: Eu adoraria. Mas onde?
The Bad Boy: Que tal na sua casa? Me passe seu endereço que eu vou aí te ver! (L)
Monique: Você vem me ver hoje? *.*
The Bad Boy: Só um minuto, minha linda.

               The Bad Boy se ausenta da sala de bate-papo por alguns momentos, pois algo lhe tira a atenção. Os gritos de dor desesperados vindos do cômodo ao lado.

-"Cala a boca, sua vadia!!! Você está me enlouquecendo com esses gritos!!!" - esbraveja o rapaz.
-"Porque está fazendo isso? O que eu fiz para você? Me deixa sair daqui, eu imploro!!! Socorro!!! Socor..."

               Os gritos silenciam-se, ao passo que The Bad Boy aplica um sedativo na jovem presa pelos braços e pernas na mesa.

-"Pronto, pronto, agora sim posso me concentrar."

               The Bad Boy volta ao chat.

The Bad Boy: Pronto, voltei. Monique, me passe seu endereço, hoje não dá pra eu ir aí, tenho uma coisinha para terminar, mas amanhã sem falta eu irei.

               Monique, sem se dar conta do alarmante perigo ao qual estava se expondo ao passar seu endereço a um estranho, obedeceu ao comando de seu coração adolescente, e passou seu endereço, enquanto The Bad Boy, com as mãos lambuzadas de sangue, anotava.

The Bad Boy: Já anotei, gata. Amanhã irei te ver. Me passe seu telefone também, eu te ligo caso algo der errado.
Ao que Monique passa.

               Despediram-se.
               Monique continuou conversando com suas amigas no messenger e vendo as atualizações de suas redes sociais, e The Bad Boy foi terminar seu serviço.

-"Não!!! Pára!!! Por favor!!! Alguém!!! Socorro!!!", chorava e gritava desesperada a jovem presa na mesa, enquanto sentia o lento e gelado corte do bisturi descer sobre a sua barriga.

-"Cale-se, infeliz! Você já viveu demais. Você não morrerá em vão. Alguém ficará muito feliz ao receber seus rins e seu fígado... dizia, com um sorriso no rosto o frio psicopata ao retirar-lhe seus órgãos vitais. Fazia isso tão normalmente como alguém desossando um frango para o jantar.

               Terminado o procedimento, pega o que restou da jovem e joga em um canto. Não demoram a aparecer os gatos para disputarem entre si quem come mais. E ele entra em um site clandestino de venda de órgãos e anuncia uma promoção:

Rins: R$1000,00
Coração: R$1500,00
Córneas: R$800,00


CONTINUA

Imagem: nubibella.com

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Perfeição...

As vezes fico no silencio de meus pensamentos, imaginando como seria um mundo onde todos seriam perfeitos... Um mundo sem doenças, sem sofrimento, sem dor (tanto física como emocional); um mundo sem trapaças, onde poderemos confiar em nosso próximo de olhos fechados, um mundo sem pessoas inescrupulosas, sem caráter; um mundo onde ninguém mais se sentirá sozinho... Onde todos terão com quem compartilhar seus pensamentos, suas idéias, seus sonhos! Um mundo onde perderemos a conta de quantos amigos temos, e de quantas ocasiões maravilhosas poderemos compartilhar juntos... Um mundo onde não existisse solidão, onde não existisse tédio, tristeza, medo ou coisas do tipo. Onde tudo fosse belo, todas as pessoas fossem completamente felizes, sem sequer uma queixa... Onde ninguém passasse por nenhum tipo de desilusão, onde todos fossem completamente realizados... Pois o que temos hoje é somente miséria, sofrimento e dor, fruto do desejo egoísta dos primeiros seres humanos criados... Logo logo meu sonho se realizará. Logo não haveremos mais de sofrer, neste mundo impiedoso. Logo teremos apenas alegrias, ao invés de suspiros, realizações ao invés de derrotas, sorrisos ao invés de choro, abraços ao invés de empurrões. Logo viveremos uma vida que está muito além da nossa imaginação... Onde todos nós seremos realizados em todos os sentidos que a nossa mente imperfeita possa imaginar... Onde perderemos a conta de quantas estrelas ha no céu, de tantas que conseguiremos enxergar. Me perco em pensamentos... Mas o melhor de tudo isso, é que tenho certeza absoluta, meu sonho dentro em breve se tornará a mais vívida realidade! ;D



terça-feira, 10 de maio de 2011

 
 
"E fico um tanto solitário, apenas permaneço de pé
Apenas permaneço de pé
Apenas permaneço em pé sozinho
Só fico um pouco solitário..."
 
 
-All my Love - Led Zeppelin

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fortaleza da Solidão...


Este título nos remete as HQs, histórias de super-heróis vindos de outro planeta, outra dimensão, outra galáxia, enviado a Terra com um destino, digamos, de grande peso... Proteger a humanidade!
Bem, este título de "Super-Herói", ou, no caso, "Heroína", está longe de mim! Sou apenas um grão de areia em meio a imensidão de outros, um pequeno pontinho brilhante em meio a incontáveis bilhões de estrelas e galáxias, uma pessoa como todas as outras, tentando encontrar meu lugarzinho no mundo, ou como diria Guilherme de Sá, "enquanto todos correm procurando um álibi, eu procuro apenas um pouco de paz".

Escolhi "Fortaleza da Solidão", pois na HQ a então citada fortaleza é um lugar onde nosso Super-Herói reecontra-se com suas origens, seu planeta, seu mundo. Onde ele fica sozinho e, por assim dizer, encontra a si próprio em meio a um mundo onde ele está, tecnicamente, sozinho, mesmo que esteja entre milhões de pessoas.

De certa forma é assim que me sinto as vezes. Me sinto sozinha, mesmo estando entre tantas pessoas. Sinto falta de muitas coisas, que poderiam ser tão significativas, assim como um planeta-mãe.
Este meu humilde blog é apenas uma forma que eu encontrei de falar o que eu muitas vezes quis dizer, mas por falta de alguém para escutar, acabo guardando tudo para mim mesma.
Espero sinceramente que gostem!

:)